Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, o Brasil produziu, em 2021, 81,8 milhões de resíduos por ano e cada brasileiro gerou 1,043kg de resíduos por dia. Esses dados mostram como a pauta do lixo e suas futuras consequências nunca estiveram tão em alta. A poluição causada pelo acúmulo de resíduos, se não tratada agora, pode gerar danos irreparáveis ao meio ambiente.
A solução mais viável para resolver esse problema é por meio da coleta seletiva, que tem por objetivo destinar os resíduos para reciclagem. Estabelecida na Política Nacional de Resíduos Sólidos, os municípios são obrigados a fazer a implantação e estabelecer metas referentes à coleta seletiva. Tudo isso deve constar no conteúdo dos planos de gestão integrada de resíduos sólidos dos municípios. Só que para fazer a coleta e separação, é necessário entender algumas questões.
Segundo a PNRS, os resíduos são classificados em dois tipos: resíduos recicláveis secos e rejeitos, que são resíduos não recicláveis. Esses dois tipos são os mínimos permitidos na separação, porém há um outro tipo, os resíduos orgânicos.
Fazer a separação de cada tipo, além de facilitar o trabalho dos catadores, evita a contaminação dos resíduos recicláveis provocada pela mistura com os restos de comida e resíduos úmidos. Quando os resíduos estão misturados, a reciclagem se torna mais cara pela dificuldade em fazer a separação. Outro fator é em relação ao processo, já que cada tipo de resíduo tem seu processo próprio de reciclagem, dependendo da composição e constituição do material. Para entender melhor cada tipo de resíduo, listamos alguns exemplos:
Exemplos de Resíduos Recicláveis Secos:
Exemplos de Resíduos Orgânicos:
Exemplos de Rejeitos:
Foi citado aqui alguns exemplos de tipos mais usuais de resíduos descartados dentro das residências. Portanto é aconselhável separar três lixeiras no local onde você mora, separando por resíduos secos, orgânicos e rejeitos, para que não se misturem.
Outros tipos de resíduos muito comuns são as pilhas, baterias e eletroeletrônicos. Por possuírem metais pesados em sua composição, que afetam diretamente os solos, o descarte desses materiais é feito de forma diferente, sendo responsabilidade do fabricante. Dentre algumas opções que o consumidor possui estão: entrar em contato com o fabricante para saber informações sobre a forma correta de descarte ou localizar alguns pontos de descarte, como em supermercados e lojas especializadas.
Como citado anteriormente, a coleta seletiva é responsabilidade de cada município, e pode ser feita de duas maneiras. A maneira porta a porta, é feita por um prestador de serviço de limpeza e manejo dos resíduos sólidos que passa para recolher os resíduos em frente às residências e comércios. Ela pode ser realizada por associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis. A segunda maneira é feita por meio de pontos de entrega voluntários (PEVs), locais situados estrategicamente próximos de um conjunto de residências ou instituições para entrega dos resíduos segregados e posterior coleta pelo poder público, privado ou pelos catadores.
A separação dos resíduos para coleta seletiva e a logística reversa está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos. A PNRS também reconhece a importância do trabalho dos catadores de materiais recicláveis, que possuem uma participação fundamental na cadeia da reciclagem. Portanto, contribuir com essas ações é uma forma de trazer mudanças na sociedade, na economia e no meio ambiente.